Um blog simples, mas rico em conteúdo, para elevo espiritual dos servos do Senhor Jesus Cristo.

sábado, 23 de janeiro de 2010

Jesus Cristo Liberta !

“... e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará... Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente, sereis livres. (João 8. 32 e 36)”.

A palavra liberdade vem do latim libertate; um substantivo feminino, definida em nossos dicionários como: Faculdade de cada um se decidir ou agir segundo a própria determinação; Poder de agir, no seio de uma sociedade organizada, segundo a própria determinação, dentro dos limites impostos por normas definidas; Faculdade de praticar tudo quanto não é proibido por lei; Supressão ou ausência de toda a opressão considerada anormal, ilegítima, imoral; Estado ou condição de homem livre; Independência, autonomia, etc...

Numa estimativa geral creio que com certeza todas as pessoas gostam de ser livres, ninguém gosta de ter seus planos e projetos proibidos ou restritos, mesmo que sendo projetos prejudiciais para alguém, mas a vontade da pessoa que idealizou é que tal intento seja estabelecido; assim, portanto, acabam ganhando inimizades entre as piores coisas que conseguem através de seus esforços para que seja estabelecida a sua vontade sem se importarem com a vontade ou liberdade que cada indivíduo possui. Por outro lado, existem aqueles que seus planos, projetos, ideais etc..., giram em torno da preocupação em realizar e estabelecer o que é melhor não só para si mesmos, mas sim para todos quantos estejam ao seu alcance, família, sociedade, empresa, ou melhor, por toda a sua vida ante tudo o que vier á sua mão para ser realizado. Existe até um provérbio que diz “a minha liberdade/direito termina quando começa a do meu próximo”.

Pode se dizer que dentro da liberdade, cabe perfeitamente o livre-arbítrio, que é definido como possibilidade de exercer um poder sem outro motivo que não a existência mesma desse poder; liberdade de indiferença. Assim sendo, são muitíssimas as formas que poderíamos citar de uso de tal liberdade, mas queremos aqui abordar de forma resumida através do ponto de vista bíblico, nosso manual de fé.

- O SENHOR DEUS CRIOU OS SERES HUMANOS E NÃO MÁQUINAS ROBÓTICAS.

Quando o grande Deus criou os céus e da terra e o “homem”, preocupou-Se em faze-lo como imagem e semelhança de SI mesmo conforme diz o livro de Gênesis capítulo 1 e versículos 26 e 27, ou seja, Deus o único Todo-Poderoso, queria que o homem tivesse em si a liberdade de escolha, mas não a liberdade para deixa-Lo e fosse servir ao pecado; muito pelo contrário, que o homem viesse a prestar-Lhe adoração plena, genuína e voluntária; Ele poderia ter criado um certo tipo de dispositivo (ou numa linguagem figurativa, um super controle remoto) para barrar o homem de fazer escolhas erradas, em vez disso criou o homem perfeito (até então) e deixou a Sua Divina presença através de Seu Santo Espírito, ao lado daquela que seria a “coroa” da criação, tanto é que desde o início Ele preocupou em conversar com o homem o que lhe era permitido ou não: “E formou o SENHOR Deus o homem do pó da terra e soprou em seus narizes o fôlego da vida; e o homem foi feito alma vivente... E tomou o SENHOR Deus o homem e o pôs no jardim do Éden para o lavrar e o guardar. E ordenou o SENHOR Deus ao homem, dizendo: De toda árvore do jardim comerás livremente, mas da árvore da ciência do bem e do mal, dela não comerás; porque, no dia em que dela comeres, certamente morrerás.(Gênesis 2. 7, 15, 16,17)”.Era assim ao princípio: o homem usando o seu livre arbítrio, para obedecer e servir ao Deus dos céus.

Mas a bíblia conta-nos que influenciado pelo inimigo de Deus, o homem cedeu e passou á usar sua liberdade para escolher o erro, escolheu, portanto, deixar as ordenanças do Senhor de lado, talvez numa ganância diabólica de ser iguais á Deus, pois esta foi a proposta satânica (Gênesis 3. 4 e 5), e isso ainda hoje faz com que muitos se intitulem “senhores de sua vida” ou “deuses de si próprio” ou ainda “donos de seus narizes”, esquecendo que já eram imagem e semelhança de Deus (Gênesis 1.27).

Desde então, tanto na história secular quanto bíblica, vemos que a tal admirada e idolatrada liberdade do homem, por causa de suas escolhas, não tiveram de certa forma tantos benefícios assim, vejamos alguns exemplos então:

- Adão e Eva – depois da queda foram sentenciados á multiplicação das dores e sofrimentos; foram expulsos do jardim; dentro de sua família houve intriga e homicídio (Gênesis 3. 16, 19, 23, 24; 4.8);

- A geração da época de Noé – preferiram a destruição através do dilúvio do quê a “salvação” oferecida na arca (um símbolo figurativo da proteção oferecida por Jesus Cristo), o que é visto no nos capítulos 6, 7 e 8 de Gênesis, resumido no versículo 23 do capítulo 7 que diz: “Assim, foi desfeita toda substância que havia sobre a face da terra, desde o homem até ao animal, até ao réptil e até à ave dos céus; e foram extintos da terra; e ficou somente Noé e os que com ele estavam na arca”.

- Os moradores de Sodoma e Gomorra – preferiram os juízos divinos em vez de se arrependerem dos seus maus caminhos (Gênesis capítulos 18 e 19).

- A nação de Israel na época do profeta Jeremias – preferiram o cativeiro babilônico e a destruição de Jerusalém pelo rei Nabucodonosor (Jeremias 25.4).

- A sociedade da época em que Jesus viveu nesta terra – ousaram escolher um malfeitor por nome de Barrabás, em vez da bendita pessoa do Filho de Deus (Mateus capítulo 27; Marcos 15. 7 ao 15; Lucas capítulo 23; João capítulo 18).

Esses entre outros muitos exemplos que poderíamos citar... Resumindo, foram estas as palavras do sábio Salomão: “Vede, isto tão-somente achei: que Deus fez ao homem reto, mas ele buscou muitas invenções (Eclesiastes 7.29)”... Deus fez tudo bom (Gênesis 1.31), mas o homem usou sua “liberdade” para estragar tudo, e suas escolhas erradas faz com que lhe sobrevenha situações terríveis.

Usam a liberdade/livre-arbítrio que lhe foi concedida para pecarem contra Deus, se entregando aos vícios, ás drogas, ás orgias, á prostituição, á impureza, á idolatria, aos assassinatos, roubos, etc... destruindo seus próprios sonhos, projetos, famílias, saúde etc... alguns ainda ousam dizer que Deus não é bom por causa de tantas desgraças que ocorrem neste mundo, mas não se lembram que foram suas próprias escolhas de deixaram este mundo um lugar impossível de viver em paz, disse o profeta Jeremias em Lamentações 3.39: De que se queixa, pois, o homem vivente? Queixe-se cada um dos seus pecados.

Já o apóstolo Paulo disse em Romanos 1. 18 ao 32: “Porque do céu se manifesta a ira de Deus sobre toda a impiedade e injustiça dos homens, que detêm a verdade em injustiça. Porquanto o que de Deus se pode conhecer neles se manifesta, porque Deus lho manifestou. Porque as suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder, como a sua divindade, se entendem, e claramente se vêem pelas coisas que estão criadas, para que eles fiquem inescusáveis; Porquanto, tendo conhecido a Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças, antes em seus discursos se desvaneceram, e o seu coração insensato se obscureceu. Dizendo-se sábios, tornaram-se loucos. E mudaram a glória do Deus incorruptível em semelhança da imagem de homem corruptível, e de aves, e de quadrúpedes, e de répteis. por isso também Deus os entregou às concupiscências de seus corações, à imundícia, para desonrarem seus corpos entre si; Pois mudaram a verdade de Deus em mentira, e honraram e serviram mais a criatura do que o Criador, que é bendito eternamente. Amém. Por isso Deus os abandonou às paixões infames. Porque até as suas mulheres mudaram o uso natural, no contrário à natureza. E, semelhantemente, também os homens, deixando o uso natural da mulher, se inflamaram em sua sensualidade uns para com os outros, homens com homens, cometendo torpeza e recebendo em si mesmos a recompensa que convinha ao seu erro. E, como eles não se importaram de ter conhecimento de Deus, assim Deus os entregou a um sentimento perverso, para fazerem coisas que não convêm; Estando cheios de toda a iniqüidade, prostituição, malícia, avareza, maldade; cheios de inveja, homicídio, contenda, engano, malignidade; Sendo murmuradores, detratores, aborrecedores de Deus, injuriadores, soberbos, presunçosos, inventores de males, desobedientes aos pais e às mães; Néscios, infiéis nos contratos, sem afeição natural, irreconciliáveis, sem misericórdia; Os quais, conhecendo a justiça de Deus ( que são dignos de morte os que tais coisas praticam ), não somente as fazem, mas também consentem aos que as fazem”.

A bíblia diz que sobre tais coisas vem a ira de Deus (Efésios 5.3 ao 6; Colossenses 3.5 e 6); e que não herdarão o reino dos céus (Gálatas 5. 19 ao 21; Apocalipse 21.8 e 22.15), os que agem assim.

- JESUS, O FILHO DE DEUS, LIBERTA O HOMEM.

Quando Jesus manifestou as palavras do versículo que usamos como tema no Evangelho de João 8. 32 e 36, os judeus não gostaram do que ouviram (João 9.33): Responderam-lhe: Somos descendência de Abraão, e nunca servimos a ninguém; como dizes tu: Sereis livres?

O mais intrigante é que e gostavam de viver enganados, pois só em questão histórica, os israelitas serviram como escravos ao Egito antes de serem libertados por Moisés; serviram ao império assírio; foram escravos do império babilônico; passaram pelo jugo do império medo-persa; foram subjugados pelo império grego de Alexandre o grande; e por terminar na época de Jesus, eles serviam ao império romano, tudo isso sem citar a época dos juízes e outras vezes que viveram sob domínio de filisteus e outros povos.
Mesmo que Deus sempre tenha cuidado de Israel, e sempre livrou do jugo de todos os que o oprimiram, mas não era essa a missão do Verdadeiro Rei dos Judeus, do Messias enviado, foi assim então que Jesus respondeu: ... Em verdade, em verdade vos digo que todo aquele que comete pecado é servo do pecado... Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres (João 8. 33 e 36), pois a sua missão é buscar e salvar o que se havia perdido (Lucas 19.10).

Jesus não veio simplesmente livrar de uma servidão terrestre, esta servidão um dia acabará; mas Jesus veio para conceder novamente a verdadeira liberdade ao homem, liberdade para novamente se chegar á Deus, liberdade para o homem abandonar seus maus caminhos e andar no verdadeiro Caminho que leva aos Céus: Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim. (João 14.6); Porque há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem (1º Timóteo 2.5).

Trágico foi o fim de quem virou as costas para Deus. Mas bênçãos sem comparações para quem usou seu livre-arbítrio em prol da causa do SENHOR.

A família de Adão e Eva aparentemente destruída, mas através de Sete, nasceu uma linhagem de homens piedosos que louvavam ao Senhor. Já a família de Noé, entraram na Arca e foram livres da destruição vinda pelo dilúvio, e de seu filho Sem veio a linhagem terrestre de Abraão e conseqüentemente de Jesus Cristo. E o que falar sobre Ló? A principio errou em suas escolhas, mas ouviu a voz de Deus e depois foi considerado como justo (2º Pedro 2. 7 ao 9). E por fim, aqueles que escolhem Jesus, em vez de Barrabás, estes vão morar no paraíso: ... E disse a Jesus: Senhor, lembra-te de mim, quando entrares no teu reino. E disse-lhe Jesus: Em verdade te digo que hoje estarás comigo no Paraíso. (Lucas 23. 42 e 43)... pois quem usa sua liberdade pra servir á Deus, este sim permanecerá para sempre: “E o mundo passa, e a sua concupiscência; mas aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre. (1º João 2.17)”.

Disse Moisés: Os céus e a terra tomo hoje por testemunhas contra vós, de que te tenho proposto a vida e a morte, a bênção e a maldição; escolhe, pois a vida, para que vivas, tu e a tua descendência... (Deuteronômio 30.19)... E ainda: Então voltareis e vereis a diferença entre o justo e o ímpio; entre o que serve a Deus, e o que não o serve.(Malaquias 3.18).

Encerramos com as palavras de Paulo aos Romanos 8.1: Portanto, agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus, que não andam segundo a carne, mas segundo o Espírito. E do Senhor Deus através de Isaías 1.18: Vinde então, e argüi-me, diz o SENHOR: ainda que os vossos pecados sejam como a escarlata, eles se tornarão brancos como a neve; ainda que sejam vermelhos como o carmesim, se tornarão como a branca lã. E ainda as palavras do Senhor Jesus que desfaz as obras do diabo (1º João 3.8), que disse em Apocalipse 21.7: Quem vencer, herdará todas as coisas; e eu serei seu Deus, e ele será meu filho.

Sua vida pode estar totalmente destruída, você pode ter usado sua liberdade para fazer escolhas erradas... Mas AGORA você pode inverter este quadro... use ela agora para escolher Jesus. Esse Jesus que liberta o homem dos vícios, das drogas, da morte... Vença em nome de Jesus Cristo e seja filho de Deus.

Jesus Cristo é o único que pode conceder verdadeira liberdade.


JESUS LIBERTA O HOMEM! JESUS LIBERTA VOCÊ!

Thiago Rodrigues Teixeira.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

A IGREJA NÃO É UMA INSTITUIÇÃO QUALQUER

PUBLICADO NO BLOG DO PASTOR MARCOS DE ASSIS: www.marcosdeassis.com

Igreja do Senhor Jesus é santa e goza de todo cuidado e direção d'Ele. Lamentavelmente muitos homens a veem como um grupo de pessoas que exíste para satisfazer seus interesses ávaros, políticos e de poder. Às vezes, esses homens conseguem lograr algum aparente êxito pelas suas muitas astucias. Mas não vão muito adiante, pois Deus não se deixa escarnecer e tampouco permite que sua igreja seja tratada de forma vil e desonrada, como se fosse uma instituição qualquer desse mundo.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

ANO NOVO - VIDA NOVA


“E o que estava assentado sobre o trono disse: Eis que faço novas todas as coisas. E disse-me: Escreve, porque estas palavras são verdadeiras e fiéis. (Apocalipse 21.5)”.

A palavra novo é derivada do latim novu, definida em nossos dicionários na forma de adjetivo como: Que tem pouco tempo de existência; De pouca idade; moço; De pouco tempo; recente; Que é visto pela primeira vez; Moderno, recente; Original. E como substantivo masculino: O que é recente; O ano próximo; a próxima colheita.
Por sua vez, novidade, derivada do latim novitate, sendo um substantivo feminino: Qualidade ou caráter de novo; Aquilo que é novo; coisa nova; inovação; Originalidade, singularidade, etc... Ou seja, novo é tudo aquilo que é contrário ao velho, ao antigo, ao antiquado, etc.

Faz necessário, antes de tudo, deixar claro que nem tudo que é antigo/velho não tenha mais nenhum valor ou nenhum uso, sendo que poderíamos citar milhares de exemplos que comprovam isto, mas faltaria espaço para tal. Sem falar dos nossos queridos idosos, que popularmente são considerados velhos, mas suas experiências e seus trabalhos foram e ainda são de mui valia para nossos dias.

Por outro lado nem toda novidade deve ser acatada, por exemplo, estas “novas ondas” de inversão ou supressão de valores que por muitas décadas foram ensinados, tais como busca pelos caminhos do SENHOR, comunhão e alegria entre as famílias, respeito dos pais para com os filhos, obediência destes para com aqueles, etc... O certo é que pretendemos trazer aqui uma pequena meditação/explanação á luz da Palavra de Deus, sobre algumas coisas velhas em nossas vidas que devemos deixar de lado para que a as novas bênçãos de Deus que estão reservada para nós assumam o devido lugar em nosso ser.

- UMA GERAÇÃO VAI E OUTRA GERAÇÃO VEM...

Quando ainda estamos em fase de concepção, nossos preocupadíssimos pais fazem diversos planos e projetos para nossa vida futura e não medem esforços, na grande maioria das vezes, para que tais projetos sejam estabelecidos, prevendo assim uma felicidade maior em nossos caminhos. O engraçado é que mesmo quando alcançamos a idade adulta, com nossas vidas e famílias formadas, aos olhos deles, ainda assim somos aquelas crianças que tanto eles zelaram, protegeram, ensinaram, e mesmo após tanto tempo ainda planejam coisas para nós. Infelizmente muitos não conseguem incutir em seus filhos os seus ensinamentos vindo a causar grande decepção, e quantos exemplos negativos poderiam ser citados? Milhares creio eu. Talvez por culpa dos próprios pais, que não ouvem os ensinamentos bíblicos que dizem: “Beijai o Filho, para que se não ire, e pereçais no caminho, quando em breve se inflamar a sua ira. Bem-aventurados todos aqueles que nele confiam (Salmo 2.12); Instrui o menino no caminho em que deve andar, e, até quando envelhecer, não se desviará dele (Provérbios 22.6); Não retires a disciplina da criança, porque, fustigando-a com vara, nem por isso morrerá. Tu a fustigarás com a vara e livrará a sua alma do inferno (Provérbios 23.13e14)”. Ou talvez a culpa seja dos filhos, pois a Bíblia Sagrada também ensina assim: “Honra a teu pai e a tua mãe, para que se prolonguem os teus dias na terra que o SENHOR teu Deus te dá. (Êxodo 20.12); Honra a teu pai e a tua mãe, que é o primeiro mandamento com promessa; para que te vá bem, e vivas muito tempo sobre a terra (Efésios 6. 2e3)”.

O fato é que o apóstolo Tiago (4.14) nos declara que nossa vida é um vapor; e o Senhor Jesus profetizou que os últimos dias seriam abreviados, por causa dos escolhidos, daqueles que realmente procuram servir á Deus (Mt 24.22; Mc 13.20). Já por sua vez, diz o sábio Salomão: “Vaidade de vaidades! – diz o pregador, vaidade de vaidades! É tudo vaidade. Que vantagem tem o homem de todo o seu trabalho, que ele faz debaixo do sol? Uma geração vai, e outra geração vem; mas a terra para sempre permanece. E nasce o sol, e põe-se o sol, e volta ao seu lugar, de onde nasceu. O vento vai para o sul e faz o seu giro para o norte; continuamente vai girando o vento e volta fazendo os seus circuitos. Todos os ribeiros vão para o mar, e, contudo, o mar não se enche; para o lugar para onde os ribeiros vão, para aí tornam eles a ir. Todas essas coisas se cansam tanto, que ninguém o pode declarar; os olhos não se fartam de ver, nem os ouvidos de ouvir. O que foi isso é o que há de ser; e o que se fez isso se tornará a fazer. De modo que nada há novo debaixo do sol. Há alguma coisa de que se possa dizer: Vê, isto é novo? Já foi nos séculos passados, que foram antes de nós. Já não há lembrança das coisas que precederam; e das coisas que hão de ser também delas não haverá lembrança, nos que hão de vir depois. (Eclesiastes 1. 2 ao 11)”.

No salmo de Moisés (90. 10 e 12) também está escrito: “A duração de nossa vida é de setenta anos, e se alguns, pela sua robustez, chegam a oitenta anos, o melhor deles é canseira e enfado, pois passa rapidamente, e nós voamos... Ensina-nos a contar os nossos dias, de tal maneira que alcancemos coração sábio”.

Por causa de todas estas revelações bíblicas acima, muitos se sentem incomodados alguns gostariam de nunca envelhecer, ou melhor, como dizem: - “nunca saírem da moda!”. Mas isto é apenas uma ostentação de uma fantasia que de nenhum jeito poderá ser levada á efeito total. Vejamos bem o ano de 2009, já ficou pra trás, com ele também muitos sonhos, projetos, realizações, etc... Quantos estão almejando/esperando que 2010 seja um ano diferente, que possam conquistar aquilo que sempre sonharam que vão trabalhar mais, lutar mais... Empregam seus esforços, suas faculdades mentais, seu suor..., Principalmente nos primeiros meses de cada ano, mas quando menos se espera estamos lá no fim do ano novamente, olhamos pra trás e novamente damos conta que não conseguimos, parece que fracassamos, mas, de repente, alegramos ao ouvir, um ano novo vem ai...

A verdade é que ninguém gosta se sentir ultrapassado, atrasado, ou mesmo que não ouve isto de outros, mas muitas vezes ouve de si próprio, mas a Bíblia Sagrada diz: “Porque o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus nosso Senhor. (Romanos 6.23)”. Desde que o homem pecou esta monotonia é uma parte bem real de nossas vidas, hoje somos uns bebês/crianças carregados por nossos pais, quando nossos avós e tios costumam “apertar nossas bochechas”, logo já nos sentimos grandes quando passamos á pertencer á um seguimento da sociedade (escola, universidade, exército, trabalho, cursos, etc...), recebemos até alguns títulos (profissionais, doutores, mestres, etc...) e quando pensamos que estamos na “flor da idade”, na verdade já é hora de preparar nossos sucessores, verificar bem quais são os nossos legados que estamos deixando... “o justo ficará em memória eterna (Salmo 112.6); O justo é um guia para o seu companheiro, mas o caminho dos ímpios os faz errar (Provérbios 12.26); Do homem são as preparações do coração, mas do SENHOR, a resposta da boca. Todos os caminhos do homem são limpos aos seus olhos, mas o SENHOR pesa os espíritos (Provérbios 16. 1 e 2)”. Vindo por último o nosso encontro com a eternidade, junto ou não com o Senhor.

- ASSIM ANDEMOS NÓS TAMBÉM EM NOVIDADE DE VIDA. (Romanos 6.4)

“Ninguém deita remendo de pano novo em roupa velha, porque semelhante remendo rompe a roupa, e faz-se maior a rotura. Nem se deita vinho novo em odres velhos; aliás, rompem-se os odres, e entorna-se o vinho, e os odres estragam-se; mas deita-se vinho novo em odres novos, e assim ambos se conservam (Mateus 9.16 e 17)”.

Esta foi a resposta de Jesus, quando interrogado á cerca do jejum, pois os discípulos de João e os discípulos dos fariseus jejuavam muitas vezes, mas os discípulos de Jesus não jejuavam. O Senhor explicou através de uma simples parábola, comparando os seus seguidores como convidados de uma bodas, mostrando que enquanto há festa não teriam porque demonstrarem tristezas, mas que chegaria o dia em que seus servos necessitariam jejuar com mais intensidade e freqüência... O fato é que os fariseus e seus discípulos seguiam á risca a prática do jejum, mas não eram transformados por dentro, em contraste disto os discípulos de Jesus Cristo estavam passando pelo processo de transformação, até ao dia em que o próprio Cristo pronunciou: “Vós já estais limpos, pela palavra que vos tenho falado (João 15.3)”.

Assim também já havia pronunciado o Pai da Glória, através do profeta Isaías (58. 4 a 7): “Eis que para contendas e debates jejuais, e para ferirdes com punho iníquo; não jejueis como hoje, para fazer ouvir a vossa voz no alto. Seria este o jejum que eu escolheria, que o homem um dia aflija a sua alma, que incline a sua cabeça como o junco, e estenda debaixo de si saco e cinza? Chamarias a isto jejum e dia aprazível ao SENHOR? Porventura não é este o jejum que escolhi, que soltes as ligaduras da impiedade, que desfaças as ataduras do jugo e que deixes livres os oprimidos, e despedaces todo o jugo? Porventura não é também que repartas o teu pão com o faminto, e recolhas em casa os pobres abandonados; e, quando vires o nu, o cubras, e não te escondas da tua carne?”.

Esta novidade de vida que o apóstolo Paulo falou, se resume no fato de não mais andarmos segundo o curso de nossa própria vontade, lembrando-nos que Cristo Jesus levou sobre Si os nossos pecados e que devemos deixar de lado a nossa velha natureza, nesta parte sim, o Velho homem não serve mais pra nada: “Sabendo isto, que o nosso homem velho foi com ele crucificado, para que o corpo do pecado seja desfeito, para que não sirvamos mais ao pecado (Rm 6.6)”. “Que, quanto ao trato passado, vos despojeis do velho homem, que se corrompe pelas concupiscências do engano; e vos renoveis no espírito da vossa mente; E vos revistais do novo homem, que segundo Deus é criado em verdadeira justiça e santidade (Efésios 4. 22 ao 24)”. “Mas agora, despojai-vos também de tudo: da ira, da cólera, da malícia, da maledicência, das palavras torpes da vossa boca. Não mintais uns aos outros, pois que já vos despistes do velho homem com os seus feitos, E vos vestistes do novo, que se renova para o conhecimento, segundo a imagem daquele que o criou (Colossenses 3. 8 a 10)”.

Foi por isso que o Senhor Jesus disse á Nicodemos: “... Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus... Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus. O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é espírito. Não te maravilhes de te ter dito: Necessário vos é nascer de novo... Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. (João 3. 3, 5, 6,7 e 16)”.

Pois então, mediante isto, agora temos novamente uma oportunidade, um novo ano, em que nossos projetos serão revistos, muitas coisas novas aprendemos, muitas coisas velhas estamos deixando pra trás; outra vez o Deus nos concede a oportunidade de mudança de vida, não apenas no fim ou começo de um ano, mas enquanto a porta da graça se encontra aberta através do sangue de Jesus Cristo que foi derramado na cruz do calvário.

O título deste artigo é uma profecia do próprio Senhor Jesus, mostrando que um dia tudo isto aqui passará, e que Ele fará novas todas as coisas, fará um céu novo, uma terra nova, etc... Ali não haverá choro, nem pranto, nem lágrima, nem morte, nem clamor; somente alegria como o próprio Deus reinando e iluminando através de Sua luz majestosa, um lindo lugar aonde os servos do Cordeiro viverão para todo sempre, conforme é descrito nos capítulos 21 e 22 de apocalipse: “E não entrará nela coisa alguma que contamine, e cometa abominação e mentira; mas só os que estão inscritos no livro da vida do Cordeiro. (Ap 21.27)”.

Mas para chegar lá é necessário estar inscrito neste livro da vida do Cordeiro e somente através de Jesus Cristo, o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo (João 1.29) é que vamos conseguir.

Neste novo ano, hoje mesmo ainda, Jesus Cristo quer fazer novas coisas em sua vida, não “criar um remendo” como muitos estão criando por ai, mas sim uma nova vestidura, uma nova vida, devolver alegria na sua família, alegria de viver, uma nova esperança não neste mundo, porque este mundo passará (1º Co 7.31; 1º Jo 2.17), mas sim a alegria de ter a certeza da vida eterna, a certeza de que vai morar nos céus, a certeza de que vai contemplar a face do Deus vivo.

São os nossos mais sinceros votos.

Que o Senhor Jesus, através de sua infinita graça, vos conceda uma nova vida!


Thiago Rodrigues Teixeira

O Trabalho.


“E JESUS LHES RESPONDEU: MEU PAI TRABALHA ATÉ AGORA, E EU TRABALHO TAMBÉM”. Evangelho de João capítulo 5 e versículo 17.

O versículo supra, foi uma resposta de Jesus Cristo aos judeus que o criticaram por ter curado num dia de sábado o “paralítico de Betesda”, homem este que havia trinta e oito anos que vivia em tais condições á beira do tanque Betesda esperando um milagre.

O Evangelista João descreve com detalhes no capítulo 5 de seu livro que em certo tempo (vers. 4) um anjo descia e agitava á água e o primeiro que ali descia, depois do movimento da água, sarava de qualquer enfermidade que tivesse. Mas esse paralítico, por estar só, não conseguia mergulhar em tais águas (vers. 7); foi quando o Senhor Jesus Cristo, que havia descido para uma festa judaica em Jerusalém, passou e viu a situação deste e movido de íntima compaixão o curou, que por sua vez tomou sobre seus ombros a sua cama e partiu para sua casa.

Não sendo este milagre um fato isolado de milagres e prodígios realizados em dias de sábados, os judeus muitos ligados á tradição recebida de seus pais, odiavam muito á Jesus (vers. 16). Certa vez, quando Ele curou um cego de nascença, manifestou sua missão nesta terra: “Convém que eu faça as obras daquele que me enviou, enquanto é dia; a noite vem, quando ninguém pode trabalhar. Enquanto estou no mundo, sou a luz do mundo”. João 9. 4 e 5.

Mas o que as Sagradas Escrituras dizem sobre o trabalho? Será uma maldição, como muitos pensam? Será que o homem foi criado no princípio simplesmente para viver em um lindo jardim, sem exercer nenhuma função, etc...?

É bem verdade que o dicionário define para os nossos dias a palavra Trabalhar como derivada do latim vulgar TRIPALIARE, ou seja, martirizar com tripalium (instrumento de tortura) pela forma feminina de trebalhar. Assumindo no português na forma de Verbo Transitivo, o significado de: “Esforçar-se para fazer ou alcançar alguma coisa; empregar diligência, trabalho; lidar, empenhar-se (na gíria: Batalhar)”; na forma de Verbo Transitivo Indireto: “Empregar esforços; fazer diligência; esforçar-se” etc...

E ainda a palavra Trabalho, que por sua vez, sendo um substantivo masculino, descreve como: “Aplicação das forças e faculdades humanas para alcançar um determinado fim; Atividade coordenada, de caráter físico e/ou intelectual, necessária à realização de qualquer tarefa, serviço ou empreendimento; O exercício dessa atividade como ocupação, ofício, profissão, etc...”

Ou seja, o trabalho em suas diversas formas, faz parte do dia a dia de cada indivíduo, em qualquer parte do mundo, desde a concepção (que já é uma “batalha” por diversos estágios), á partir do seu nascimento até ao dia da sua morte, o ser humano não vive sem trabalhar, não dizemos com isso como simplesmente exercer uma profissão que muitos não alcançam por negligência ou não, talvez por falta de oportunidades entre outros motivos; mas dizemos trabalho no sentido de empregar força, tanto para se alimentar, se vestir, se relacionar, adquirir conhecimentos e experiências, adquirir bens, etc...

A primeira vez que a Bíblia menciona a palavra trabalho está no livro de Gênesis no capítulo 5 e versículo 29, quando Lameque, de forma profética, indireta e cheia de esperança colocou o nome de seu filho de Noé, em hebraico NOAH (repouso), esperando uma consolação acerca de suas obras e trabalhos de suas mãos. Já em Apocalipse capítulo 14 e versículo 13 é citada pela última vez, quando o Espírito do Senhor diz que Bem-aventurados aqueles que estão no SENHOR descansando dos seus trabalhos e sendo seguidos por suas obras. Entende, portanto, que do começo ao fim da Bíblia Sagrada o trabalho em si, só tem pleno significado quando feito em Deus e para Deus.

Quando Jesus disse: “... MEU PAI TRABALHA ATÉ AGORA...” estava apenas relembrando que o Excelso Deus foi o primeiro trabalhador ao criar todas as coisas pela PALAVRA DO SEU PODER e tendo o trabalho e cuidado de criar o homem com suas próprias mãos (Gênesis capítulos 1 e 2). E este mesmo homem, criado em semelhança do Seu Criador, tinha funções á realizar desde o princípio.

Enganam-se aqueles que acham ser a primordial função do homem simplesmente cuidar do jardim, pois a primeira função estabelecida pelo Senhor era que o homem O adorasse, obedecesse e vivesse em comunhão com ELE que sendo o criador, com certeza conhecia melhor do que o próprio homem quais eram as suas necessidades, sendo assim Deus mesmo era e sempre foi único provedor de meios para tais; depois, em segundo lugar o homem deveria guardar e lavrar o jardim do Éden (Gênesis 2.15) é bom lembrar que Deus ainda não tinha amaldiçoado a terra, pois o homem ainda não tinha pecado, cai por terra então o mito de que o homem foi criado para viver desocupado. Adão mostrou-se um bom trabalhador ao colocar os nomes nos animais e aves (Gn 2.19).

Só que o homem optou por deixar os mandamentos do Senhor de lado, aceitando o pecado sobre si, o que Deus em sua eterna sabedoria, justiça e santidade não pôde aceitar sentenciando o homem á sobreviver na terra que agora produziria espinhos e cardos sob grande esforço (Gn 3.17 ao 19).

ALGUNS GRANDES TRABALHADORES CITADOS NA BÍBLIA.

Mas mesmo assim existiram pessoas, personagens bíblicos, que marcaram e fizeram diferença na época em que viviam, devotando toda a sua força, todo o seu trabalho, em proveito para o Reino de Deus e auxílio aos seus servos nesta terra. Vejamos alguns:

- ABEL (trouxe o melhor do seu rebanho em oferta ao Senhor) / NOÉ (foi o pregoeiro da justiça 2º Pe 2.5, dedicando-se em construir uma grande embarcação em obediência ao mandado de Deus) / ABRAÃO (o conhecido amigo de Deus, que junto com SARA e ISAQUE e sua esposa REBECA e logo depois JACÓ/ISRAEL juntamente com LÉIA e RAQUEL, peregrinaram por terras desconhecidas, crendo nas promessas do Grande Deus) / JOSÉ (sempre deu testemunho em sua vida, do Deus que ele servia e foi honrado e engrandecido em todo o Egito) / MOISÉS (trabalhou muito em prol do povo de Israel, o povo de Deus) / CALEBE (cheio de fé) / JOSUÉ (brilhante comandante) / RAABE (se convertendo ao SENHOR não temeu em proteger os espias) / os juízes tais como SANSÃO, GIDEÃO, DÉBORA, BARAQUE, JEFTÉ, EÚDE, OTNIEL, TOLA, JAIR / RUTE (que não sendo de Israel declarou para sua sogra NOEMI: “... o teu Deus é o meu Deus”.)...

Faltaria espaços para contar sobre SAMUEL (o profeta, sacerdote e juiz), de DAVI (que veio ser o principal rei de Israel e uns dos personagens mais conhecidos na linhagem de Jesus entre outros)... Muitos reis SALOMÃO, EZEQUIAS, JOSAFÁ, JOSIAS, etc..., Milhares de sacerdotes; uma enorme quantidade de profetas tais como: NATÃ, AÍAS, ELIAS, ELISEU, JEÚ, MICAÍAS, ISAÍAS, JEREMIAS, EZEQUIEL, DANIEL, OSÉIAS e todos os outros que dedicaram em trabalhar... Não seria pouco citar ESDRAS (o escriba); NEEMIAS (o dedicado reconstrutor)... Os discípulos entre vários, entre eles PEDRO, LUCAS, JOÃO, TIAGO, PAULO, FILIPE, BARTOLOMEU...

Estes homens também exerciam suas profissões tais como, pastores de ovelhas, pescadores, médicos, oficiais de exércitos, construtores de tendas, ministros nos reinados em que viviam lavradores, soldados, escribas, doutores da lei, autoridades civis, etc... Entre muitas outras áreas e profissões existentes, sendo que a Bíblia chega a ponto de declarar enfaticamente que O MUNDO NÃO ERA DIGNO DE TAIS HOMENS (Hebreus 11.38), pois enquanto estiveram por aqui verdadeiramente trabalharam para si e antes ainda, trabalharam para Deus e seu Reino.

E Jesus? - JESUS o maior trabalhador de todos os tempos declarou: “... E EU TRABALHO TAMBÉM...” (João 5.17). Sua obra e trabalho foram sem comparação, pois deixou o seu trono, aonde já trabalhava desde a eternidade, e veio trabalhar nesta terra para fazer com que o homem entendesse e compreendesse qual o caminho para se chegar aos céus: “Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, a verdade, e a vida. NINGUÉM vem ao Pai senão por mim” João 14.6. Até mesmo os críticos concordam que a história da humanidade se divide em duas: antes e depois de Cristo... Ou seja, Seu trabalho foi tão intenso e soberano que marcou para sempre os anais da história dos seres humanos, pois o profeta Isaías (53.11) declara: “O trabalho da sua alma ele verá e ficará satisfeito; com o seu conhecimento, o meu servo, o justo, justificará a muitos, porque as iniqüidades deles levará sobre si”. Já Ressurreto, ainda hoje trabalha com ÚNICO mediador entre Deus e os homens, salvando os homens de seus pecados. (1º Timóteo 2.5)

CONSIDERAÇÕES BÍBLICAS Á CERCA DO TRABALHO

O Livro de Jó declara que o homem nasceu para o trabalho (5.7) e o sábio Salomão diz que o homem trabalha para sua própria boca e nunca se satisfaz (Pv 16.26; Ec 6.7) já o profeta Habacuque (2.13) enfatiza que não vem do Senhor que os povos trabalhem para o fogo e que se cansem pela vaidade.

Vivemos em uma época em que a concorrência é muito grande a as oportunidades são pequenas, e o homem tem se tornado muito mais ganancioso e nesta ganância os alvos estão sendo estabelecidos muitas vezes de forma errada, existe uma disputa desleal, uma falta de companheirismo, os valores estão sendo invertidos, famílias estão sendo deixadas de lado, bons princípios de ética e moral são considerados como relativos inclusive à busca pelos caminhos do Senhor, que por muitos séculos foi enfatizada, no dias hodiernos não é muito propagada se for bem comparado.

Muitos usam suas profissões, suas funções, seus trabalhos, apenas em proveito próprio, não têm mais tempo para Deus, para seus maridos, para suas esposas nem para seus filhos e seus lares, nem se divertem mais. A procura de um enriquecimento é divulgada e incentivada em muitos meios da sociedade, e nesta procura na maioria dos casos acontecem os desastres, infelicidades e desgraças trazendo muitas doenças psicossomáticas e até mortes, tudo porque a escolha do homem pelo pecado fez com que a terra fosse amaldiçoada.

A Palavra de Deus diz claramente no Salmo 127. 1 e 2: “Se o SENHOR não edificar a casa, em vão trabalham os que edificam; se o SENHOR não guardar a cidade, em vão vigia a sentinela. INÚTIL vos será levantar de madrugada, repousar tarde, comer o pão de dores, pois assim dá ele aos seus amados o sono”, e que a principal “comida” tem que ser aquela dada pelo Filho de Deus, que permanecerá pela eternidade (João 6.27).

O Sábio Salomão ensina que o homem tem que gozar dos seus trabalhos e mostra de forma direta o exemplo da formiga para os denominados preguiçosos (Pv. 6. 6 ao 11), mas também diz que “Melhor é o pouco com o temor do SENHOR do que um grande tesouro onde há inquietação” (Pv 15.16) “Melhor é o pouco com justiça do que a abundância de colheita com injustiça” (Pv 16.8) “Melhor é um bocado seco e com ele a tranqüilidade do que a casa cheia de vítimas, com contenda”. (Pv 17.1) “Melhor é uma mão cheia com descanso do que ambas as mãos cheias com trabalho e aflição de espírito” (Ec 4.6) e o fim de tudo o que se tem ouvido é: “TEME A DEUS E GUARDA OS SEUS MANDAMENTOS...” (Ec 12.13)

O apóstolo Pedro nos dá uma lição valiosíssima, quando por uma noite inteira trabalhando na pesca nada conseguiu apanhar, mas quando deu ouvidos á voz do Mestre Jesus conseguiu apanhar uma enorme quantidade de peixes (Lucas 5.5; João 21. 3 ao 6)

Paulo ordena que aquele que não quiser trabalhar que não coma também (2º Tessalonicenses 3.10); mas também que o trabalho feito para o Senhor não é vão (1º Coríntios 15.58) e os que assim procedem terão galardão nos céus (1º Coríntios 3.8).

Não são, portanto os vãos esforços nem as supostas boas obras que garantem a felicidade, o alimento, a prosperidade, as vestes, etc... Mas sim o que disse o Senhor Jesus Cristo em Mateus capítulo 6. 33 e 34: “Mas buscai primeiro o Reino de Deus, e a sua justiça, e todas essas coisas vos serão acrescentadas. Não vos inquieteis, pois, pelo dia de amanhã, porque o dia de amanhã cuidará de si mesmo, Basta a cada dia o seu mal”.

Não esquecendo a exortação bíblica que argumenta: “Pois que aproveitaria ao homem ganhar o mundo inteiro, se perder a sua alma? Ou que dará o homem em recompensa da sua alma? (Mateus 16.26 e Marcos 8. 36 e 37); e são muitos os que estão ganhando muitas coisas nesta vida chegando á pensar que estão “realizados”... Mas estão perdendo a sua alma, perdendo sua vida, perdendo muitas coisas.

Mas Jesus veio dar exemplo, pois: “... Eu e o Pai somos um... (João 10.30)” e ainda: “... Eu vim para que tenham vida e a tenham com abundância (João 10.10)”.

Que Deus seja engrandecido e abençoe as nossas vidas.


Thiago Rodrigues Teixeira

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

A BÍBLIA SAGRADA


Muitas são as indagações, teorias e dúvidas quando o assunto é a Bíblia Sagrada. Como foi formada? O que ela ensina? Se, foi escrita por homens, como pode ser um livro Divino? Etc...

O Apóstolo Pedro em sua segunda epístola no capítulo 1 e versículos 19 ao 21 diz: “... E temos, mui firme, a palavra dos profetas, à qual bem fazeis em estar atentos, como a uma luz que alumia em lugar escuro, até que o dia amanheça, e a estrela da alva apareça em vossos corações. Sabendo primeiramente isto: que nenhuma profecia da Escritura é de particular interpretação. Porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo”.

Pretendemos que, neste pequeno espaço, dirimir algumas dúvidas, trazendo á tona, alguns fatos sobre a Bíblia, que não podem ser alterados, expurgados, ignorados ou suprimidos, pois, os mesmos constam nos anais da história da humanidade, estando até mesmo ao alcance dos mais leigos, críticos, curiosos, etc.. sobre o assunto.

O Vocábulo Bíblia

O vocábulo Bíblia não se acha no texto das Sagradas Escrituras. Consta apenas da capa, mas não no texto do volume. Donde, pois, nos vem este vocábulo? Vem do grego, a língua original do Novo Testamento.

A palavra grega Bíblia, no plural, deriva do grego bíblos ou bíblion que significa rolo ou livro. Bíblion, no caso nominativo plural, assume a forma bíblia, significando livros. No latim medieval, é usado como uma palavra singular – uma coleção de livrou ou “a Bíblia”.

Um rolo de papiro de tamanho pequeno era chamado biblion, e vários destes era uma bíblia. Portanto, literalmente, a palavra bíblia quer dizer coleção de livros pequenos. Com a invenção do papel desapareceram os rolos, e a palavra bíblos deu origem a livro, como se vê em biblioteca, bibliografia, etc... É consenso geral entre os doutos no assunto que o nome Bíblia foi primeiramente aplicado às Sagradas Escrituras por João Crisóstomo, patriarca de Constantinopla, no século IV da nossa era.

Devido as Escrituras formarem uma unidade perfeita, a palavra Bíblia, sendo um plural, como acabamos de ver, passou a ser singular, significando O LIVRO, isto é, O Livro dos livros; O Livro por Excelência. Como Livro Divino, a definição canônica da Bíblia é “A REVELAÇÃO DE DEUS À HUMANIDADE”.

Os nomes mais comuns que a Bíblia dá a sim mesma, isto é, nomes canônicos, são:

- Escrituras (Mateus 21.42);
- Sagradas Escrituras (Romanos 1.2);
- Livro do Senhor (Isaías 34.16);
- A Palavra de Deus (Hebreus 4.12);
- Os Oráculos de Deus (Romanos 3.2);

O Cânon Bíblico
A Palavra Cânon vem do latim canon, onis; e do grego Kanón (talo, regra, norma) e significa entre outros, segundo o dicionário Aurélio:
- Padrão, Modelo, norma;
- Preceito de direito eclesiástico;
- Lista autêntica dos livros considerados como inspirados, por Israelitas, Protestantes e católicos (exceto os livros apócrifos).

Originalmente a composição da bíblia era em forma de rolos, que eram feitos de papiro ou pergaminho.

O Papiro era uma planta aquática que crescia junto aos rios e lagos do Oriente; da onde criavam uma folha para escrever, feita de tiras cortadas, umedecidas e entrecruzadas e geralmente polida após a secagem, criado pelos egípcios, foi o principal suporte a escrita na Antiguidade, especialmente no Mediterrâneo. Esta planta existe ainda hoje no Sudão, Galiléia Superior e vale de Sarom. É Mencionado na bíblia como junco, exemplos Êxodo 2.3, Jó 8.11 e Isaías 18.2. De papiro deriva-se a nossa palavra papel. Seu uso nas Escrituras vem do ano 3000 a.C.

O Pergaminho, melhor e mais durável que o papiro, consistia em peles principalmente de carneiro ou ovelha, submetidas a um banho de cal e depois raspadas e polidas com pedra-pomes (seca, leve e porosa), depois lavavam e raspavam novamente e colocavam em molduras de madeira, para evitar a formação de pregas ou rugas, por fim, recebiam uma ou mais demãos de alvaiade (pigmento branco, constituído de carbonato de chumbo, usado em pintura de exteriores).
O nome pergaminho deriva da cidade Pérgamo, onde, provavelmente no século II a.C., o processo foi desenvolvido. É Também mencionado na Bíblia, como em 2º Timóteo 4.13.

A Bíblia foi originalmente escrita em forma de rolo, sendo cada livro um rolo, assim, vemos que a princípio os livros não eram reunidos uns aos outros como os temos agora, o que tornou isso possível foi a invenção do papel no século II pelos chineses, bem como a do prelo de tipos móveis em 1450 d.C., por Gutenberg.

O Cânon do Antigo Testamento como temos atualmente, ficou completo desde o tempo de Esdras, após o ano 445 a.C., mas foi formado num período de mais ou menos 1.046 anos. Evidentemente, Esdras não foi o último escritor, os últimos foram Neemias e Malaquias, porém, de acordo com os escritos históricos judaicos, foi ele que, na qualidade de escriba e sacerdote reuniu os rolos canônicos, fixando o cânon do Antigo Testamento encerrado em seu tempo. A nossa divisão do Antigo Testamento em 39 livros, em da Septuaginta, que foi a primeira tradução das Escrituras, feita do hebraico para o grego, cerca do ano 285 a.C.

Em 90 d.C., em Jâmnia, perto da moderna Jafa, na Palestina, os rabinos num concílio sob a presidência de Johanan ben Zakai, reconheceram e fixaram o cânon do Antigo Testamento.

Já o Cânon do Novo Testamento, levou quase 100 anos. No ano 100 d.C., todos os livros do Novo Testamento já estavam escritos. O que demorou foi o reconhecimento canônico dos mesmos, devido ao cuidado e escrúpulo das igrejas de então, que exigiam provas concludentes de sua inspiração divina.
A ordem dos 27 livros do Novo Testamento como temos atualmente em nossas bíblias, vem da Vulgata.
O Reconhecimento e a fixação do cânon do Novo Testamento ocorreu no III Concílio de Cartago, no ano 397 d.C.

As Línguas originais da Bíblia

Hebraico - Todo o Antigo Testamento foi escrito em hebraico, exceto algumas passagens de Esdras, Jeremias e Daniel, que foram escritas em aramaico. A escrita hebraica dos tempos antigos só empregava consoantes sem qualquer sinal de vocalização. Após o século VI, os eruditos judaicos residentes em Tiberíades, passaram a colocar na escrita, sinais vocálicos, perpetuando assim a pronúncia tradicional.
Aramaico – O aramaico é um idioma semítico falado há 2.000 anos antes de Cristo, em Arã ou Síria, falado também em grande área da Arábia Pétrea. A influência do aramaico foi profunda sobre o hebraico, pois, quando Israel começou a regressar do exílio babilônico, falava o aramaico como língua vernácula, ou oficial. No tempo de Cristo o aramaico já era muito popular.

Grego – O Novo Testamento foi originalmente escrito em grego, que das línguas bíblicas é a que mais se conhece, devido ser a mais próxima da língua portuguesa. O grego do Novo Testamento era o mais popular, usado por comerciantes, estudantes, etc... denominado “koiné”. Este dialeto formou-se a partir das conquistas de Alexandre, em 336 a.C. Nos primórdios do Cristianismo o Evangelho pregado ou escrito em grego podia ser compreendido pelo mundo todo.

Os manuscritos da Bíblia

A história da Bíblia, como chegou até nós, é encontrada em seus manuscritos, que são rolos ou livros da antiga literatura, escritos á mão, que quanto ao seu formato podem ser códices ou rolos (Códice é um manuscrito em formato de livro, feito de pergaminho). A falta de manuscritos originais provém do seguinte: O costume dos judeus de enterrar todos os manuscritos; os reis ímpios de Israel podem ter destruído muitos manuscritos ou terem contribuído para isso; Antíoco Epífanes, rei da Síria (175-164 a.C.) extremamente cruel, assolou Jerusalém em 168 e destruiu todas as cópias das Sagradas Escrituras que achou. Já nos dias de Diocleciano, imperador romano (284-305 d.C.), durante dez anos mandou destruir todos os escritos sagrados que haviam no império.

Até a descoberta dos manuscritos do Mar Morto em 1947, os mais antigos e importantes manuscritos do Antigo Testamento em hebraico, eram:

a) Códice dos Primeiros e Últimos Profetas – na sinagoga caraíta do Cairo, Egito, reescrito em Tiberíades em 895 d.C. por Moses ben Asher, erudito judeu;
b) Códice do Pentateuco – no Museu Britânico;
c) Códice Petropolitano – na biblioteca de São Petersburgo, Rússia;
d) Códice Aleppo – encontrava-se em Aleppo, Síria. Hoje encontra-se em Israel;
e) Códice 19 “A” – na biblioteca se São Petersburgo, Rússia;
f) O Rolo de Isaías – descobertos próximo ao Mar Morto em 1947.

Quanto ao Novo Testamento os mais antigos deles:

a) O Códice Vaticano ou “B” – pertence à biblioteca do Vaticano – Data 325 d.C.
b) O Códice Sinaítico ou “Álefe” – pertence ao Museu Britânico – Data 340 d.C.
c) O Códice Alexandrino ou “A” – pertence ao Museu Britânico – Data 425 d.C.
d) O Códice Efraimita ou “C” – na biblioteca Nacional de Paris – Data de 345 d.C.
e) O Códice Bezae ou “D” – na biblioteca da Universidade de Cambridge, Inglaterra – Data do século VI.
f) O Códice Claromontano ou “D2” – na biblioteca Nacional de Paris – Data do século VI.

A INSPIRAÇÃO DIVINA DA BÍBLIA

O que vem a ser inspiração divina? É a influência sobrenatural do Espírito Santo como um sopro, sobre os escritos da Bíblia, capacitando-os a receber e transmitir a mensagem divina sem mistura de erro.

A própria Bíblia reivindica a si a inspiração de Deus, pois, a expressão “ASSIM DIZ O SENHOR”, ocorre mais de 2.600 vezes nos seus 66 livros, qual um carimbo de autenticidade, além de outras expressões equivalentes. A existência da Bíblia até aos nossos dias só pode ser explicada como um milagre.

Há nela 66 livros, escritos por cerca de 40 escritores, num período aproximadamente de 16 séculos. Esses homens na maior parte dos casos não se conheceram, viveram em lugares distantes, em três continentes, escrevendo em duas línguas principais. Devido a estas distâncias, em muitos casos, os autores nada sabiam sobre o que já havia sido escrito, sendo que muitas vezes um escritor iniciava um assunto, e séculos depois, um outro o completava com tanta riqueza de detalhes, que somente um livro vindo de Deus podia ser assim. Uma obra humana em tais circunstâncias seria indecifrável!

Os escritores foram homens de diversas atividades: Moisés, príncipe e legislador; Josué, comandante; Davi e Salomão, reis e poetas; Daniel, ministro de estado; Pedro, Tiago e João, pescadores; Zacarias e Jeremias, sacerdotes e profetas; Amós, homem do campo; Mateus, funcionário público; Paulo, teólogo e erudito e assim por diante.

Foram diversas as condições e circunstâncias na composição dos livros bíblicos, por exemplo: Moisés escreveu o Pentateuco nas solitárias paragens do deserto. Jeremias nas trevas e sujidade duma masmorra. Davi, nas verdes colinas dos campos. Paulo escreveu muitas das suas epístolas nas prisões. João no exílio, na ilha de Patmos, etc...

Se alguma falha for encontrada na Bíblia, será sempre do lado humano, como tradução mal feita, grafia inexata, interpretação forçada, má compreensão de quem estuda, falsa aplicação do sentido do texto, etc...

A aprovação da Bíblia por Jesus – Jesus leu a bíblia (Lucas 4.16-20), Ensinou (Lucas 24.27), chamou de “a Palavra de Deus” (Marcos 7.13) e cumpriu (Lucas 24.44), nesta última referência Jesus põe sua aprovação em todas as Escrituras do Antigo Testamento, pois, “Lei, Salmos e Profetas” eram as três divisões da Bíblia nos dias em que o Novo Testamento estava sendo formado.

O cumprimento fiel das profecias bíblicas – Inúmeras profecias da bíblia se cumpriram no passado, parcial ou total, por exemplo, as que falavam sobre o Messias (Jesus Cristo), antes do seu nascimento, que se cumpriram literalmente com toda precisão. Outro ponto saliente é o caso da nação israelita, que a Bíblia prediz sua dispersão, restauração, etc... E sobre os últimos quatro impérios mundiais (Babilônia, Pérsia, Grécia e Roma) são admiravelmente descritos antes dos mesmos surgirem no cenário mundial (Daniel capítulo 7).

A imparcialidade da Bíblia – Se a Bíblia fosse um livro originado pelo homem, ela não poria a descoberto as faltas e falhas dele. Os homens jamais teriam produzido um livro como a Bíblia, que só dá toda a glória a Deus, enquanto mostra a fraqueza do homem.

O tema central da Bíblia – Jesus Cristo é o tema central. Ele mesmo no-lo declara em Lucas 24.44 – Ou seja, a plena “REVELAÇÃO DE DEUS À HUMANIDADE”.

Traduções da Bíblia até 2005 – A Bíblia toda e em parte achava-se traduzida em 2.377 das mais de 6.500 línguas existentes no mundo. Até 2005 a Bíblia toda tinha sido traduzida em 422 línguas. Só no Novo Testamento, em 1.079 línguas. Somente porções da Bíblia em mais 876 línguas. Ainda restam mais de 4.000 línguas em que ela precisa ser traduzida.

Mesmo os próprios inimigos da Bíblia admitem que nenhum livro em toda história da humanidade teve tamanha influência nas pessoas.

Depois de tantos séculos a Bíblia ainda causa transformações e milhões de pessoas no mundo todo, são inúmeros e incontáveis os testemunhos que gostaríamos de ressaltar, mas seria impossível.

Creio que, o pouco que aqui foi escrito, serve pra responder a pergunta acima, dizendo que a história da Bíblia, sua autenticidade e fidelidade estão muito mais acima do que imaginamos.

A Bíblia tem história!

Thiago Rodrigues Teixeira


BIBLIOGRAFIA

GILBERTO, A. - Bibliologia, introdução ao estudo da Bíblia. EETAD (Campinas – SP), 4ª Edição, 2003.

GILBERTO, A – Revista Manual do Obreiro. CPAD (Rio de Janeiro – RJ), ano 31 nº 44. 1º trimestre de 2009.

STAMPS, Donald C. – Bíblia de Estudo Pentecostal (ARC). CPAD (Rio de Janeiro – RJ), Edição de 1995.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Será uma bênção em nome de Jesus Cristo


LIÇÃO 02 - EBD - 10.01.10

Lição 02 – O Consolo de Deus em meio à Aflição.


“Amados, não estranheis a ardente prova que vem sobre vós, para vos tentar, como se coisa estranha vos acontecesse; mas alegrai-vos no fato de serdes participantes das aflições de Cristo, para que também na revelação da sua glória vos regozijeis e alegreis. Se, pelo nome de Cristo, sois vituperados, bem-aventurados sois, porque sobre vós repousa o Espírito da glória de Deus”. (1º Pedro 4. 12-14).

A palavra Aflição vem do latim afflictione, sendo um substantivo feminino, em nossos dicionários significa, entre outros: Profundo sentimento moral produzido por um revés da fortuna, uma circunstância penosa, etc; pena, agonia; Estado de grande desalento, de profunda tristeza ou mágoa; desgosto; Grande preocupação ou inquietação; ansiedade, angústia; Padecimento físico; tortura.
Por sua vez Consolação, do latim consolatione e do grego paraklesis; têm significado de Alívio, lenitivo, conforto, etc...

I - “Muitas são as aflições do justo, mas o SENHOR o livra de todas”. (Salmos 34:19)

A palavra sofrer vem do latim sufferere, por sufferre, significando ser atormentado, afligido, etc... E em nossos dias a vida pós-moderna, não permite em sua filosofia que o sofrimento venha fazer parte da vida das pessoas, ou seja, ninguém gosta de sofrer, mas na verdade deveríamos dizer assim: “- Grande parte das pessoas não admitem que estão sofrendo”.
As pessoas estão sofrendo por causa do pecado, dos vícios, das drogas, do álcool, da prostituição; por causa das doenças, das pestes; e o pior ainda é que estão sofrendo porque inventaram novas formas de supostamente “servir” ao Senhor Deus, mas não da maneira descrita em SUA Santa Palavra, mas sim de acordo com o que é mais conveniente para si próprio. Mas o Deus Bendito Eternamente não aceita tal posição, sendo necessário os homens reconhecerem o Cristo Salvador da humanidade, para a remoção de tamanho sofrimento.

Já por sua vez, olhando para as igrejas, a tão falada teologia da prosperidade, está adquirindo cada vez mais adeptos, inclusive pastores presidentes e obreiros auxiliares, que deixaram a verdadeira explanação das Escrituras. É um tal de NÃO ACEITE ISSO; DECLARE AQUILO; DETERMINE ASSIM, ETC... Outros têm a coragem de dizer que o crente em Jesus não pode passar por circunstâncias adversas, tais como enfermidades, situação financeira inferior, inclusive afirmando que o irmão que está em tal situação encontra-se em pecado (COISA ABSURDA E SEM RESPALDO BÍBLICO), etc... Mas o irmão Tiago (4. 13 ao 16) diz: “Eia agora vós, que dizeis: Hoje, ou amanhã, iremos a tal cidade, e lá passaremos um ano, e contrataremos, e ganharemos; digo-vos que não sabeis o que acontecerá amanhã. Porque, que é a vossa vida? É um vapor que aparece por um pouco, e depois se desvanece. Em lugar do que devíeis dizer: Se o Senhor quiser, e se vivermos, faremos isto ou aquilo. Mas agora vos gloriais em vossas presunções; toda a glória tal como esta é maligna”.

Mas o versículo acima citado pelo salmista Davi mostra que até mesmo o justo passa por tribulações, vejamos bem que é plural, não apenas uma tribulação, mas tribulações. Será que a bíblia dá exemplos disso? Vejamos alguns:

O que dizer do justo Jó? Que almejava apresentar-se diante do Seu Redentor, por causa de tamanha dor... Abel era justo, mas foi afligido por seu irmão Caim (Gn 4.8); Abraão muitas vezes (peregrinação, guerra, etc... Gn 12.10; 14. 14-17); Ló afligido em Sodoma/Gomorra (2º Pe 2.7); e o que falar de Isaque e Jacó?... O justo José foi vendido pelos próprios irmãos, preso sem dever nada; Já Moisés enfrentou muitas dificuldades com o povo de Israel; Josué não descansou das batalhas; Samuel foi rejeitado; Davi perseguido pelo próprio Saul;... Faltaria tempo para falar dos profetas Isaías, Jeremias, Daniel, entre outros... O Grande JUSTO Jesus Cristo então, sem pecado algum... Pedro, Tiago, João e até mesmo o próprio Paulo... Resumindo com o que está escrito em Hebreus (11. 33-38): “Os quais pela fé venceram reinos, praticaram a justiça, alcançaram promessas, fecharam as bocas dos leões, apagaram a força do fogo, escaparam do fio da espada, da fraqueza tiraram forças, na batalha se esforçaram, puseram em fuga os exércitos dos estranhos. As mulheres receberam pela ressurreição os seus mortos; uns foram torturados, não aceitando o seu livramento, para alcançarem uma melhor ressurreição; e outros experimentaram escárnios e açoites, e até cadeias e prisões. Foram apedrejados, serrados, tentados, mortos ao fio da espada; andaram vestidos de peles de ovelhas e de cabras, desamparados, aflitos e maltratados (dos quais o mundo não era digno), errantes pelos desertos, e montes, e pelas covas e cavernas da terra”.

Não fugiram das aflições e foram vitoriosos não somente nesta vida, mas alcançaram testemunhos de que verdadeiramente o Justo passa por aflição, mas o Senhor livra de todas.

II - “Tenho-vos dito isto, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo”. (João 16:33)

Muitos se dizem discípulos de Jesus, e até alguns pregadores usam as palavras de Paulo em Colossenses 1.24, quando diz: “... cumpro o resto das aflições de Cristo...”. Creio no que a Bíblia diz que somos participantes de tais aflições (2º Co 1.5-7; 2º Tm 2.3, 4.5; Hb 10.32; 1º Pe 4.13, 5.9), mas muitos usam isto mais como uma lamentação, uma lamúria, demonstrando-se mais vítimas, do quê verdadeiros soldados do exército de Cristo, e assim não vão muito longe em seus ministérios, desistindo no “meio do caminho”.

O fato é que nem todas as aflições que passamos é por causa do nome de Jesus Cristo, mas sim, diversas vezes por causa de nossa própria escolha, nossas desobediências à Palavra do Senhor, nossa falta de vigilância, falta de prudência e paciência, etc. Por outro lado, em 1º João 2.6, nos é dito: “Aquele que diz que está Nele também deve andar como Ele andou”... Se Jesus Cristo foi perseguido e afligido, quanto mais nós, que não somos nem um pouco melhores do que ELE: “Lembrai-vos da palavra que vos disse: Não é o servo maior do que o seu SENHOR. Se a mim me perseguiram, também vos perseguirão a vós; se guardaram a minha palavra, também guardarão a vossa (João 15.20)”.

Agora! Quando sofremos por amor da Justiça e por causa do nome do Senhor Jesus, então nosso galardão é grande: “Bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus; bem-aventurados sois vós, quando vos injuriarem e perseguirem e, mentindo, disserem todo o mal contra vós por minha causa. Exultai e alegrai-vos, porque é grande o vosso galardão nos céus; porque assim perseguiram os profetas que foram antes de vós. (Mateus 5. 10-12)” “Porque os olhos do Senhor estão sobre os justos, E os seus ouvidos atentos às suas orações; Mas o rosto do Senhor é contra os que fazem o mal. E qual é aquele que vos fará mal, se fordes zelosos do bem? Mas também, se padecerdes por amor da justiça, sois bem-aventurados. E não temais com medo deles, nem vos turbeis; antes, santificai ao SENHOR Deus em vossos corações; e estai sempre preparados para responder com mansidão e temor a qualquer que vos pedir a razão da esperança que há em vós, tendo uma boa consciência, para que, naquilo em que falam mal de vós, como de malfeitores, fiquem confundidos os que blasfemam do vosso bom porte em Cristo. Porque melhor é que padeçais fazendo bem (se a vontade de Deus assim o quer), do que fazendo mal. (1º Pe 3. 12-17)” “Amados, não estranheis a ardente prova que vem sobre vós para vos tentar, como se coisa estranha vos acontecesse; mas alegrai-vos no fato de serdes participantes das aflições de Cristo, para que também na revelação da sua glória vos regozijeis e alegreis. Se pelo nome de Cristo sois vituperados, bem-aventurados sois, porque sobre vós repousa o Espírito da glória e de Deus; quanto a eles, é ele, sim, blasfemado, mas quanto a vós, é glorificado. Que nenhum de vós padeça como homicida, ou ladrão, ou malfeitor, ou como o que se entremete em negócios alheios; mas, se padece como cristão, não se envergonhe, antes glorifique a Deus nesta parte... Portanto também os que padecem segundo a vontade de Deus encomendem-lhe as suas almas, como ao fiel Criador, fazendo o bem. (1º Pe 4. 12-16 e 19)”.

Jesus venceu este mundo, e agora pode perfeitamente nos ajudar a vencer também (Hb 2.18).

III - “Porque para mim tenho por certo que as aflições deste tempo presente não são para comparar com a glória que em nós há de ser revelada”. (Romanos 8:18)

Mas o melhor de tudo isso é que um dia, todas esta aflições terão um fim. O próprio apóstolo Paulo, afligido muitas vezes pelos falsos irmãos em Corinto, disse assim: “Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós um peso eterno de glória mui excelente. (2º Co 4.17)”. Pois ele sabia, que tem um lugar reservado no céu, aonde não há lágrimas, nem dor, nem pranto, quando o próprio Senhor Jesus enxugará de nossos olhos todas as nossas lágrimas e nos consolará de todas as nossas aflições (Ap 21.4).

Então, quando formos criticados, perseguidos, afligidos, etc... Em lugar de apontar o irmão fulano, vamos entender o trabalhar de Deus em nossa vida, e igual Jó (19.25) vamos dizer assim: “Porque eu sei que o meu Redentor vive, e que por fim se levantará sobre a terra”.

“Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai das misericórdias e o Deus de toda a consolação; Que nos consola em toda a nossa tribulação, para que também possamos consolar os que estiverem em alguma tribulação, com a consolação com que nós mesmos somos consolados por Deus. (2º Co 1. 3,4)”.

Que o Senhor console os nossos corações através de sua Santa Presença! Amém.



Thiago Rodrigues Teixeira
Cooperador do Evangelho.